2 de novembro de 2007

Canção que o Nelson teria cantado



E eu fico refém de nada dizer
Pra ninguém pensar
Que estou muito magoado
E querendo manchar
Sua reputação.
E eu fico refém de nada dizer
Pra não me encaixar
Na fôrma daquele cara
De quem você fala
Em mesa de bar
Contando a história da perseguição
De uma criança contrariada
Que ficou atrás da pobre coitada
Que nunca fez nada
Pra cativar
Tão sombria obsessão.
E eu imagino o olhar
Da gente indignada,
Do amigo e da namorada,
Do teu novo protetor
Ouvindo que eu te persigo
Que tenho o orgulho ferido
E inventei que é amor.
E eu fico refém de nada fazer
E fico a morrer pra não assinar
A confissão que você redigiu
Pra me fechar nessa sacanagem,
Me enterrar nesse personagem.
E eu fico refém de evitar
Que isso te envaideça,
Mas o refém é o cara
Com uma arma na cabeça.

1 comentário: