2 de dezembro de 2004

A verdade

A verdade é uma linha reta
Rumo à morte e vai de encontro
Aos muros do mundo,
Verdades também
Eu morreria no seio
De um puro não
Se ao menos me restasse
Uma opção
Abra a mente
E as pernas
Para a nova novidade
Que já vem anunciada
Em cores berrantes
Festa dos ignorantes
Em novas formas e sabores
E embalagens, veja
Eles já estão sorrindo
Já esqueceram
O que não viram
E nunca houve o quinto dedo
Que lhes falta
E os senhores do futuro
Sabem que eu estava lá
Sabem o que eu vi
E sorriem quando ficamos a sós

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