Se de rastejar a lagarta se cansa
Eu de pensar e de sentir virei casulo
Peço passagem a outro plano
Que é nulo todo este rastejar
Do ser humano
Andar é pesar e ao respirar
Sorvemos sempre algum veneno
Existir tampouco é inofensivo
Seu principio ativo já começa a corroer
O mecanismo do teatro do viver
Chega com essa farsa
Perdeu a graça ser humano
É asa o que no verme é padecer
Destes pés, de seu peso e caminhar
Peço passagem ao plano do ar
Que já não acho natural
O andar que é ser lagarta e doer
Ou o faltar que dizem parte do ser
Nego a norma de ser normal
O mal que é norma do viver
E sinto mais mal na norma
Que normalidade em sentir mal
Chega com essa farsa
Perdeu a graça ser humano
O ranger da engrenagem
Do esforço que faço existindo
É o ruído do mundo rindo
Traço de veneno no trago sorvido
De suco de sede.
Chega com essa farsa
Perdeu a graça ser humano
Hmmm...
ResponderEliminarAnda bem Niilista,não?
Gostei.
Faz tempo que não falo com vc,mas vc continua escrevendo maravilhosamente bem.
Bom que isso nunca mude.
Bjos.
Querido Marcus, novamente você se supera com as palavras. Não tenho o que comentar sobre esse poema, é simplesmente perfeito.
ResponderEliminarOs sentimentos são terríveis.
ResponderEliminarO poema em si não tem nada de bonito. Mas me admira muito sua organização de palavras, e a lucidez em meio ao caos.
Você é uma grande pessoa. Consegui enxergar isso em meio ás brumas da sua dor.
Conte sempre comigo.
engraçado,hj d manhã eu tava me imaginando num casulo na hr q acordei
ResponderEliminarheuehueh
bem bom seus escritos,adorei o do caminhante,mas não consegui comentar ali
bem bom mesmo